Visitor From Down Under
10 Pages 2578 Words
ontudo ao verificar se realmente não está lá ninguém, verifica a existência do tal passageiro misterioso. Este acontecimento é um pouco estranho, é como se o passageiro tivesse aparecido do nada. Ao tentar conversar com ele, o silêncio transmitido por ele também indica algo fora do habitual: “...the passenger made no reply.” (P.172) A referência ao sotaque estranho do mesmo, revela que ele não é de Londres, o que poderá levar nós leitores a pensarmos que esta personagem é a visita referida no título, sendo esta uma explicação racional. Ao tocar na moeda cujo passageiro tinha entre os dedos, o condutor repara na frieza dela. Esta ocorrência dá a ideia de um ser que possivelmente não é humano, um ser de sangue frio, mas um fantasma. O fantasma é uma personagem que vai ser construída ao longo da narrativa. A possível paralisia da mão do passageiro revela também poderá dar a ideia de existência de um fantasma e de que a mão estivesse ‘morta’. Desde que o condutor se encontrava em contacto como passageiro, também ele se encontra frio. Posteriormente quando o condutor chega ao destino do sujeito misterioso (Carrick Street) ele não o vê sair. Mas, surge por parte dele uma explicação racional para isso: “...he slipped by me...while all that Cup-tie croud was getting in.” (p.174) É nesta altura que ocorre uma das várias hesitações entre a explicação científica e a explicação natural que existem ao longo da história.
Passa-se então à descrição de um acontecimento anterior a este, mas que ocorreu no mesmo sítio (Carrick Street): a chegada de Mr. Rumbold ao hotel. É um pouco confuso a relação das duas ocorrências, mas só mais tarde é que a associação das duas é explicada, ou pelo menos compreendida. Surgem-nos então ocorrências completamente normais, a descrição do dia à dia, as quais se revelam pertencentes a um mundo verosímil, que conhecemos como nosso. Porém ao lo...